Thursday, March 19, 2009

Le grand monde





No Grand Palais em Paris são expostos 146 retratos feitos por Andy Warhol. A exposição já gerou uma polémica pela não aceitação de Pierre Bergé, da classificação atribuída aos retratos de YSL ( na secção Glamour, segundo Bergé, YSL significa muito mais que Glamour).
Ao que parece desde os anos sessenta até à sua morte, Wharhol produziu cerca de um milhar destes retratos, retratando todo o tipo de personalidades e renovando o género.
O mais interessante em Warhol, é a sua aceitação plena de uma ética de produção em série, a sua Factory é realmente uma fábrica e a sua incursão nas mais diversas formas de arte, como a música, o cinema, ou mesmo os media, relevam sempre dessa ética : trabalhar muito, estar sempre disponivel.
Os seus retratos tornam em ícones os retratados, suspendendo-os do tempo; a mesma técnica é aplicada a objectos comuns(latas de sopa,etc), como que criando nichos no processo devorador do devir, os seus filmes, as suas entrevistas, tentam sempre a cristalização - o tempo em bruto, em eterna repetição, sempre novo mas sem mistério, sem imprevisibilidade. Como qualquer bom produto industrial.


"All my portraits have to be the same size, so they’ll all fit together and make one big painting called Portraits of Society. That’s a good idea, isn’t it? Maybe the Metropolitan Museum would want it someday.”

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