"This strangest of islands, I thought, as I looked out to sea, this island that turned in on itself, and from which water had been banished. The shore was a carapace, permeable only at certain selected points. Where in this riverine city could one fully sense a riverbank? Everything was built up, in concrete and stone, and the millions who lived on the tiny interior had scant sense about what flowed around them. The water was a kind of embarrassing secret, the unloved daughter, neglected, while the parks were doted on, fussed over, overused."
found in Teju Cole "Open City", which I recommend
Read more http://www.newyorker.com/arts/critics/books/2011/02/28/110228crbo_books_wood#ixzz1XwahtuPx
Wednesday, September 14, 2011
Monday, September 12, 2011
Naufrágio em Zanzibar
Naufrágio em Zanzibar
O grande barco de cruzeiro eleva-se vários pisos acima da rua,
No passeio, à minha frente caminha uma mulher de longas pernas muito brancas,
Ela entra no autocarro descoberto que lhe vai mostrar a cidade
Eu desço para o metro e mais um dia de trabalho.
Quando era pequeno gostava de coleccionar nomes de terras e bandeiras
Dizer aqueles nomes, saber nomear aquelas bandeiras
Enchia-me de prazer, dava-me vontade de conhecer o mundo
Então havia a guerra, a guerra era uma forma de conhecer o mundo
Por via do desconhecimento mais brutal, penso eu agora,
Mas na altura era uma coisa que acontecia aos rapazes como eu.
Penso nisto enquanto o comboio do metro
Serpenteia pelo caro túnel, construído debaixo do rio
Debaixo da cidade histórica,
Á superfície é dia claro e quente
Manhã de verão, Lisboa arranca para um novo dia, lento e triste
Como este tempo de cansaços e decepções.
Naufrágio em Zanzibar dizem os jornais.
O grande barco de cruzeiro eleva-se vários pisos acima da rua,
No passeio, à minha frente caminha uma mulher de longas pernas muito brancas,
Ela entra no autocarro descoberto que lhe vai mostrar a cidade
Eu desço para o metro e mais um dia de trabalho.
Quando era pequeno gostava de coleccionar nomes de terras e bandeiras
Dizer aqueles nomes, saber nomear aquelas bandeiras
Enchia-me de prazer, dava-me vontade de conhecer o mundo
Então havia a guerra, a guerra era uma forma de conhecer o mundo
Por via do desconhecimento mais brutal, penso eu agora,
Mas na altura era uma coisa que acontecia aos rapazes como eu.
Penso nisto enquanto o comboio do metro
Serpenteia pelo caro túnel, construído debaixo do rio
Debaixo da cidade histórica,
Á superfície é dia claro e quente
Manhã de verão, Lisboa arranca para um novo dia, lento e triste
Como este tempo de cansaços e decepções.
Naufrágio em Zanzibar dizem os jornais.
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