Na extrema do terreno os restos de uma árvore vão-se agora cobrindo de trepadeiras,
No caminho uma avó baixa-se e pega na neta,
A menina abandona-se nos seus braços, confortável e feliz
Nas árvores os dióspiros amadurecem carnudos,
Cantam pássaros aqui e ali,
No céu dissipam-se os rastos dos aviões que voam alto e para longe
Eu sorrio,
Não sou daqui, não, não sou daqui e não demoro
venho aqui coleccionar memórias.
Saturday, October 1, 2011
Friday, September 30, 2011
Aussie
Cockspur Bush
I am lived. I am died.
I was two-leafed three times, and grazed,
but then I was stemmed and multiplied,
sharp-thorned and caned, nested and raised,
earth-salt by sun-sugar. I was innerly sung
by thrushes who need fear no eyed skin thing.
Finched, ant-run, flowered, I am given the years
in now fewer berries, now more of sling
out over directions of luscious dung.
Of water crankshaft, of gases the gears
my shape is cattle-pruned to a crown spread sprung
above the starve-gut instinct to make prairies
of everywhere. My thorns are stuck with caries
of mice and rank lizards by the butcher bird.
Inches in, baby seed-screamers get supplied.
I am lived and died in, vine woven, multiplied.
from
Translations from the Natural World, 1992
I am lived. I am died.
I was two-leafed three times, and grazed,
but then I was stemmed and multiplied,
sharp-thorned and caned, nested and raised,
earth-salt by sun-sugar. I was innerly sung
by thrushes who need fear no eyed skin thing.
Finched, ant-run, flowered, I am given the years
in now fewer berries, now more of sling
out over directions of luscious dung.
Of water crankshaft, of gases the gears
my shape is cattle-pruned to a crown spread sprung
above the starve-gut instinct to make prairies
of everywhere. My thorns are stuck with caries
of mice and rank lizards by the butcher bird.
Inches in, baby seed-screamers get supplied.
I am lived and died in, vine woven, multiplied.
from
Translations from the Natural World, 1992
Cantiga
Deixa-te estar na minha vida
Como um navio sobre o mar.
Se o vento sopra e rasga as velas
E a noite é gélida e comprida
E a voz ecoa das procelas,
Deixa-te estar na minha vida.
Se erguem as ondas mãos de espuma
Aos céus, em cólera incontida,
E o ar se tolda e cresce a bruma,
Deixa-te estar na minha vida.
À praia, um dia, erma e esquecida,
Hei, com amor, de te levar.
Deixa-te estar na minha vida.
Como um navio sobre o mar.
João Cabral do Nascimento (Poeta português, 1887-1978)
Como um navio sobre o mar.
Se o vento sopra e rasga as velas
E a noite é gélida e comprida
E a voz ecoa das procelas,
Deixa-te estar na minha vida.
Se erguem as ondas mãos de espuma
Aos céus, em cólera incontida,
E o ar se tolda e cresce a bruma,
Deixa-te estar na minha vida.
À praia, um dia, erma e esquecida,
Hei, com amor, de te levar.
Deixa-te estar na minha vida.
Como um navio sobre o mar.
João Cabral do Nascimento (Poeta português, 1887-1978)
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João Cabral do Nascimento
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http://www.augustman.com/2011/09/12/interview-with-michael-arad-architect-of-the-911-memorial/
Thursday, September 29, 2011
Monday, September 26, 2011
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