destes dias pardos, afogados numa água vaga.
O senhor Verde calcorreou estas ruas,
magro, alto, imaginando miladies distantes
pálidas flores, para guarnecer altas torres…
Rotundo e rasteiro, subo eu a Alexandre Herculano
penso na polidez das superfícies, na anti-aderência de tudo
a bílis, o sangue, o suor e demais secreções continuam iguais
apesar do passar dos séculos, só que a morte agora
chega entre o linóleo mais lavável e o aço cirúrgico mais frio.
Vive-se na ilusão da distância da dor.
E a dor insiste
ReplyDeleteem não ser distante.
A aderência persiste;
apenas as secreções se alteram.
A morte é igual.
("A persistência da morte").
O senhor Verde morreu verde.
Do alto da minha torre,
Torre baixa,
mas torre,
declaro que a minha morte
terá outras cores.
Verde não será.
Talvez suba,
de novo,
a Alexandre Herculano...
"Crisis? What crisis?"
ReplyDeleteAdoro o último comentário. Não sabia que o Socas também frequentava o teu blog, João!
ReplyDeleteNão foi o Socas, Claudia, foram os Supertramp...
ReplyDeleteExacto. Os mesmos que "disseram":
ReplyDelete"When I was young, it seemed that life was so wonderful,
a miracle, oh it was beautiful, magical.
And all the birds in the trees, well they'd be singing so happily,
joyfully, playfully watching me.
Then they send me away to teach me how to be sensible,
oh logical, responsible, practical.
And they showed me a world where I could be so dependable,
clinical, oh, intellectual, cynical.
There are times when all the world's asleep,
the questions run too deep
for such a simple man.
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am.
Now watch what you say or they'll be calling you a radical,
liberal, fanatical, criminal.
Won't you sign up your name, we'd like to feel you're
acceptable, oh, respectable, oh, presentable, a vegetable!
At night, when all the world's asleep,
the questions run so deep
for such a simple man.
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am!"