Monday, August 3, 2009

Espiritismo


Pai, mãe, Leah


Há muitos anos, era Portugal um país muito mais pobre do que é agora, mesmos os pobres tinham pessoas que os ajudavam nos seus trabalhos.
O meu avô Manuel na sua traineira, tinha sempre alguém com ele, normalmente um rapaz, mas também muitas vezes homens feitos já, que em troca do abrigo,do alimento e pouco mais, o ajudavam na sua faina da pesca.
Conta o meu pai, que um destes ajudantes já espigadote, tinha ganho o hábito de quando havia ajuntamentos, se deixar caír para o chão e começar a nadar em seco. Ele explicava depois que era o espirito de um irmão dele, que tinha morrido afogado e que naqueles momentos o possuía. O meu avô durante uma dessas possessões resolveu agarrar numa tábua e com ela dar umas pranchadas no possuído.
Segundo o meu pai foi cura instantânea e definitiva, visto que enquanto ele continuou com a minha familia nunca tal voltou a acontecer...
Penso é que o meu avô, ficou fã ferveroso da terapêutica, porque sempre que eu e os meus irmãos ficávamos com ele, arranjava umas varinhas de salgueiro e dava-nos com elas nas pernas, agora vejo, para nos livrar dos maus espiritos...
Diga-se também, que nós não éramos exactamente rapazes de parar quietos e com o rio ali mesmo ao lado, o meu avô devia pensar que era melhor andarmos sempre bem atentos e não nos pôrmos a pisar varas verdes.

2 comments:

  1. hihihihi!!!!
    julgo que até o espirito teve medo da terapia do avô...
    Também eu conheci a verguinha, mas nunca me lembro de ter levado com ela...
    beijinhos...
    recordar é viver...
    o casalinho da foto está um must....

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