Avanço pelo corredor do Metro deserto, de repento reparo em meio homem, encostado na parede do corredor. Calmamente, acerta o seu relógio de pulso, tem um bigode farfalhudo e ignora-me enquanto passo.
Um professor universitário, com um bigode aparado, repete calmamente no final da sua exposição :
"- Não podemos continuar a tocar o violino, enquanto a floresta arde.
Não podemos continuar a tocar o violino, enquanto a floresta arde."
E agita o braço esquerdo, com o indicador espetado, sublinhando as palavras.
Do lado de lá da passadeira, uma mulher de cabelos compridos e soltos, tira o casaco, decerto acalorada pelo passo apressado. Mostra parte dos ombros e os braços nús, penso como em certas partes do mundo, muitos não hesitariam em a apedrejar até à morte.
Monday, July 6, 2009
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