Tuesday, April 21, 2009

Eleições Europeias



Primeiro debate na televisão dos candidatos portugueses às eleições europeias, todos os meus piores receios se concretizaram : gente sem chama, sem ideias, sem ideia de e para a Europa.
O partido do governo, tem a ousadia de propôr um “independente”(Vital Moreira), afinal este consegue ser mais prosélito do que os filiados desde o berço(Santos Silva beware), o PCP(Ilda Figueiredo) e o BE(Miguel Portas) repetem os cabeças de cartaz, nada de novo portanto. No PSD surge Paulo Rangel, uma esperança da politica portuguesa, que pelo discurso de ontem vive as tricas diárias da mesma e para além disso mais não falou, o mesmo se passando com o candidato do CDS(Nuno Melo).
Ouvimos assim falar, das quotas de género das listas – ao que parece aldrabadas pelos maiores partidos, dos grandes investimentos nacionais, ao que parece para relançar a economia, ao que parece impróprios para tal...Do grau de execução do último pacote de ajudas comunitárias, para o representante do governo um sucesso, para a oposição unânime um escandâlo.
Falou-se ainda do Presidente da comissão europeia, um compatriota, que sim, mas que não, no fim parece que todos concordaram que quem o escolhe afinal são os governos e que esses até já garantiram o emprego ao nosso patricio por detrás das cortinas diplomáticas, enfim, menos um no desemprego...
Da Europa, do que conta realmente nestas eleições não se falou : que arquitectura para as instituições, que visão para a Europa, qual o seu papel no mundo, nada, niente, zero. A verdade é que o comprometimento do governo americano na saída da crise é quase o triplo daquele dos governos europeus, o seu grau de execução é também já muito mais avançado e os primeiros alvores de esperança começam a vir de lá.
Aqui ao que parece a espiral descendente ainda não bateu no fundo...As instituições estão programaticamente desenhadas para combater a inflação, quando é a deflação que nos bate à porta.
Temas como o ambiente, as energias alternativas, a segurança e a liberdade dos cidadãos também ficaram esquecidos.
Temos soldados nossos em missão internacional, poderemos vir a ter mais, em cenários de guerra complicados como o Afeganistão, portanto com possível derramamento de sangue, a isto também, népia, ninguém disse nada.
Depois admirem-se das pessoas não irem votar, das pessoas acharem que os politicos dizem sempre e todos a mesma coisa.
Alguém, por favor, invente-se um Obama !

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