Wednesday, June 3, 2009

Como passar a vida sem grande trabalho(1)



De pequenino se torce o destino, como dizia o cantor, eh, eh...Começa-se por ser um puto vivaço, daqueles que se aproveitam de toda a gente, mas saem sempre pela porta dos bons patifes. Logo na escolinha, lancha-se dos colegas, mas tem de se ser muito engraçado e fantasiar o máximo, tipo não é de prever(nunca será possível) mas se...todos os putos caem nessa, desde que nos mantenhamos inamovíveis e não mostrarmos demasiado interesse e tenhamos fontes um bocado inverificáveis tipo ouvimos num programa do Odisseia, ou lido num livro do nosso tio.
Assim, somos sempre companhia desejada, os profs acham que ajudamos a compor o grupo, somos um factor positivo e assertivo no meio de toda aquela gentinha pequena e barulhenta, colocam-nos junto a um colega avançado e deixam-nos copiar em paz e assim tranquilamente vamos passando de ano.
Somos um zero a desporto, mas assumimos em todas as circunstâncias uma postura conhecedora, tanto que nem seria justo competirmos realmente com os colegas, num desafio mais forte,podemos sempre invocar uma qualquer maleita familiar congénita, que nos torna geneticamente predispostos para coisas mais espirituais.
Num instante já temos buço e andamos pelos cantos à procura de todo o tipo de experiências fortes, é uma época de grandes disparates e corremos o risco de perdermos muito dos créditos amealhados anteriormente, se não soubermos fingir arrependimento nas alturas certas. Umas delações supostamente arrancadas, provam o nosso colaboracionismo e o nosso grau de maturidade, com as distrações entretanto arranjadas perdemos algum balanço e os nossos pais vão ter de se esmifrar para nos aguentar numa universidade privada. Convém anuir a usar vestimentas cretinas nalgumas ocasiões anuais e continuar a beijar velhos(naquele estado já não têm género...).

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