Thursday, December 7, 2017

L’ordre du jour

A foto que não tirei hoje seria dos restos de um cartaz publicitário na parede exterior da estação de Sta. Apolónia, na corrida para o Metro e durante o percurso até ao trabalho pensei em como tudo passa por nós num turbilhão e como a nossa visão dos acontecimentos é afunilada, quando não artificiosamente fabricada...
Vem tudo isto a propósito de um livro interessante e bem escrito que ando a ler sobre a queda do comunismo e da URSS e o nascimento da nova Rússia, The Invention of Russia: The Rise of Putin and the Age of Fake News, de Arkady Ostrovsky.
Livro este recomendado num Expresso Curto, leitura que muito prezo todas as manhãs, no de hoje o jornalista (Ricardo Costa) destaca na seção da leitura recomendada um livro que julgo se insere na linha dos meus pensamentos acima :



"Éric Vuillard, um escritor que não conhecia, traça um retrato implacável da complacência com a ascensão do nazismo, a forma como os grandes industriais ajudaram a conquista do poder por Hitler, o processo de anexação da Áustria, a militarização desenfreada e uma caminhada inevitável para uma guerra que devastaria (de novo) a Europa.

A capa do pequeno livro traz uma foto de Gustav Krupp, um dos maiores industriais da Alemanha desses tempos, e é com ele com o livro começa e acaba, num aviso claro de que a história se repete, que muitas guerras não se evitam e que os benefícios do momento impedem muitas pessoas de ver o que aí vem.

L’ordre du jour é sobre isso, uma ordem do dia, com industriais e políticos à mesma mesa, a tratar de coisas que pareciam triviais mas iam mudar o mundo para sempre."

Walker Evans' “lineup of faces” on the subway

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