Thursday, March 5, 2009

Como chegámos aqui


Antonio Canova “Eros e Psique”, (1787-93)


Marian Vanhaeren, a outra cientista responsável, também do CNRS refere que «Comportamento mediado simbolicamente é um dos indicadores da modernidade incontestados e aceites universalmente. Uma característica chave de todos os símbolos é que o seu significado é atribuído por convenções arbitrárias socialmente construídas que permitem o armazenamento e transmissão de conhecimento».

Na realidade, se considerarmos as capacidades artísticas e os objectos simbólicos manufacturados pelo Homo Erectus de Bilzingsleben, esta modernidade cultural e cognitiva não surgiu apenas em África e data de há pelo menos 300 mil anos. Assim, se admitirmos que a evolução da linguagem foi o catalisador de um novo comportamento social/simbólico, a presença de um FOXP2 «humano» no Neanderthal é consistente com artefactos com centenas de milhares de anos cuja função última parece ter cariz simbólico e não prático.


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